Quem vê Rebeca Andrade estampando campanhas para grandes marcas como Havaiana, Tiachuelo, Spotify, Volvo, Vult, Lancôme e Neutrox. Nem imagina que antes das Olimpíadas de Tóquio a ginasta não tinha patrocínios. Não se espante! Na vida do atleta negro brasileiro primeiro tem que vir o sucesso por conta própria, para depois vir o patrocínio e as marcas.
Rifa, vaquinha, bazar, leilão, sorteio, doações, apoio da família e até passar o chapéu são algumas das metodologias utilizadas por muitos atletas em todo Brasil para se manter no esporte, enquanto o tão sonhado patrocínio de milhões não vem (e para alguns nunca vem). Porém, no momento que um atleta entende que ele ou ela é uma marca, automaticamente vira uma chave e desperta para a consciência do seu potencial, a força da sua comunidade e o poder da sua voz.
Assim, o atleta não precisa esperar que durante momentos decisivos como a Copa ou as Olimpíadas, uma marca bata o olho e resolva apoiá-lo. Se reconhecendo enquanto marca, o atleta cria estratégias para aproveitar esses momentos para impulsionar sua carreira e sua marca pessoal.
Durante as Olimpíadas de Tóquio a Afro Esporte mapeou os atletas negros que iriam representar o Brasil e fizemos uma produção de conteúdo especial sobre atletas negros, negras e LGBTQIAPN+. Tivemos 150 mil contas alcançadas, mas a nossa maior surpresa foi a quantidade de mensagens de atletas pedindo apoio e divulgação. O que chamou ainda mais a nossa atenção, foi uma atleta que estava voltando de Tóquio e nos pediu para divulgar a rifa que ela estava fazendo para custear os treinos para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024. Como isso é possível? É cruel, mas é a verdade.
O que essa atleta não sabe é que ela é um produto capaz de gerar renda e mobilizar toda uma comunidade. Quando o atleta reconhece a sua marca pessoal, ela ou ele pode lançar uma infinidade de produtos associados ao seu nome. Seja livros, palestras, produtos esportivos, roupas e até virar investidor de pequenos negócios como Serena Williams e Lewis Hamilton. Além, é claro, de surfar nas oportunidades dos grandes eventos esportivos como a Copa Mundo que está acontecendo no Qatar.
Para atender todos os pedidos de apoio e mostrar para os atletas negros e negras que existem um mundo de possibilidade para além das rifas. Lançamos o Casting Afro Esporte, nos tornamos a primeira agência do Brasil de produção e curadoria de conteúdo focada no gerenciamento de carreira especializado em atletas negros, negras e LGBTQIAP+.
Nosso objetivo é além de fazer a ponte entre atletas pretos e marcas, despertar no atleta a consciência da sua marca pessoal e desenvolver a mentalidade empreendedora para usar os momentos decisivos como alavanca para ampliar a sua carreira e sua marca pessoal.
Com o desespero de algumas marcas para patrocinar atletas e influenciadores em meio a Copa do Mundo surgem novas cobranças e parâmetros de sucesso que vão na contramão do espírito esportivo.
Queremos deixar claro que não temos tempo para marcas que querem se associar a atletas atrás de números de engajamento ou performance de postagem.
A real performance de atletas é medido em campo/quadra/octagono, ou através de prêmios, troféus, medalhas ou da sua trajetória, e não em alcance de postagem. O patrocínio vai muito além do investimento financeiro em si. Ao apoiar um atleta a marca ganha respeito, admiração e transfere para si todas as qualidades positivas presentes na persona da ou do atleta.
“O esporte só transmite coisas boas as pessoas, a marca tem muito a ganhar ao se associar nele, gera mídia espontânea, rejuvenesce a imagem da marca. Comprovamos que o marketing esportivo apresenta-se com um bom investimento no setor de publicidade e propaganda, auxiliando na visibilidade e divulgação da marca no mercado.” Trecho do livro A bola da vez. O marketing esportivo como estratégia de sucesso por Antônio Afif.
Para fazer parte do nosso casting basta acessar o nosso site na aba casting e preencher a ficha “Quero fazer parte do Casting Afro Esporte”. Todas as inscrições passaram por uma curadoria no qual os selecionados farão parte do nosso time e o outro grupo ficará na nossa base para participar de outros projetos e das nossas masterclass sobre finanças, branding, saúde mental, produto, redes sociais, planejamento estratégico que serão destinada exclusivamente para pessoas negras do setor esportivo.
Enquanto algumas marcas estão disputando para apoiar nomes já consolidados do mercado como Neymar, Vini Jr, Galvão, ou Casemiro… Nossa estratégia é mirar em potências que o mercado não dá importância (enquanto não é famoso) e fazer com que atletas negros crie estratégias de diversificação de receita.
E você, o que está fazendo para aproveitar momentos decisivos como a Copa do Mundo para impulsionar carreira e sua marca pessoal? Aqui vão algumas dicas:
Que tal estreitar os laços com a sua comunidade e formar um grupo para troca de figurinha da Copa?
Crie um produto com seu nome e adicione elementos em verde e amarelo, com um preço especial para a Copa. Se não sabe por onde começar, que tal fazer um licenciamento com a marca daquele seu amigo?
Produza conteúdo mostrando como você está assistindo aos jogos, a decoração da sua casa e a mesa de petiscos. As marcas precisam ver seu produto aplicado ao seu dia a dia;
Foto de look para os jogos sempre vai bem e ajuda a sua comunidade a conhecer mais sobre seu gosto e estilo;
Olhe para as marcas locais e aborde o gerente ou dona, sempre é mais fácil encontrar apoio em quem já te conhece. Hoje é o mercadinho do bairro, amanhã é uma grande rede de super mercado.
Se você quiser mergulhar ainda mais nessa visão estratégica de mercado e no desenvolvimento da sua marca pessoal, venha fazer parte do nosso time. Aproveita e divulgue para aquela atleta negra, negro ou LGBTQIAP+ que está perdendo oportunidade de fortalecer sua marca pessoal e gerar receita durante a Copa do Mundo.
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